O avião pousou no Aeroporto Santos Dumont sob um céu cinzento e carregado. Bianca mantinha Valentina adormecida no colo, enquanto observava a paisagem pela janela. O Rio de Janeiro parecia ainda mais imponente visto de cima, mas seu coração batia com uma inquietação difícil de nomear. Fernando, ao seu lado, parecia tranquilo demais. E isso a incomodava.
— Vamos direto pra casa do meu pai — ele disse, pegando a mão dela e depositando um beijo breve. — Ele está ansioso pra conhecer você e a Valentina.
— Seu pai? — Bianca franziu o cenho, confusa. — Pensei que íamos pra sua casa...
Fernando sorriu de lado, desviando o olhar.
— Vamos. A casa dele será a nossa por um tempo. Até a mansão que herdei do meu avô terminar de ser reformada.
Ela franziu ainda mais o cenho.
— Mansão?
Mas antes que ele respondesse, o carro preto com vidros escuros os aguardava na pista privativa. Um motorista uniformizado os cumprimentou com uma reverência contida, pegou as malas e abriu a porta trase