Laura despertou lentamente, a luz suave da manhã filtrando-se pelas pesadas cortinas de veludo. Seu corpo parecia pesado, como se o sono tivesse tomado conta dela sem resistência. Abriu os olhos devagar, num instante de confusão e estranhamento que rapidamente se transformou em surpresa. Estava deitada numa cama enorme, cercada por lençóis de seda e almofadas macias, em um quarto decorado com requinte, um luxo que jamais imaginara conhecer.
Seu corpo nu estava coberto apenas por um lençol leve que se enrolava em suas curvas ainda delicadas pelo sono. A pele sentia o frescor do ar condicionado, fazendo com que ela se encolhesse levemente, um frio súbito misturado com a vulnerabilidade de estar ali, completamente despida, num lugar que não conhecia.
Ela sentiu o coração acelerar. Onde estava? Como tinha chegado ali? A lembrança da noite anterior voltou em flashes: o clube, as sensações, as ordens, o prazer avassalador. E agora, ali, nua, no quarto de um estranho — ou não tão estranh