Foi aí então que ela percebeu: a mão de Eduardo ainda repousava sobre a sua. Retirou a dela com pressa, como se tivesse encostado numa brasa.
Eduardo franziu o cenho, confuso.
— Está tudo bem, Laura? Você está muito pálida...
Ela forçou um sorriso, lutando para manter a compostura.
— Não é nada, apenas ... uma dor de cabeça. Deve ter sido o vinho. Me desculpa... mas eu vou precisar me retirar.
— Eu levo você. — Ele se levantou, prestativo, preocupado.
— A noite foi longa. Você trabalhou demais hoje.
Laura abanou a cabeça.
— Imagina, doutor Eduardo. Termine seu jantar tranquilo. Eu pego um táxi. É só uma enxaqueca.
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