Do outro lado da cidade em um bairro nobre de São Paulo ,Patrícia caminhava de um lado para o outro pela sala luxuosa da casa onde vivia com Heitor. O celular colado ao ouvido, a expressão transtornada.
— Atende, desgraçado... — ela rosnou entre os dentes, apertando o aparelho com tanta força que parecia prestes a quebrá-lo.
O telefone chamava, chamava, e caía na caixa postal. De novo.
Ela bufou com raiva, jogando o celular no sofá. O salto alto ecoou pelo piso de mármore conforme ela caminhava furiosa até a janela.
Pedro, seu filho de três anos, chorava no quarto ao lado, mas Patrícia sequer se deu ao trabalho de ver o que era. Tinha perdido a paciência. Para ele, para Heitor, para o mundo.
— Cala a boca, moleque! gritou com frieza e depois chamou pela babá.
___Marisa, por que diabos você ainda não descobriu o que esse moleque quer? Faça ele calar a boca antes que eu perca a paciência de vez!
___Desculpe senhora, mas eu já fiz de tudo e ele não para de chorar e chamar pelo se