lado de fora, um carro preto nos esperava, com motorista.
Ao entrar, me bateu uma insegurança.
— Você não é alguém perigoso, né? — perguntei, meio sem graça.
Ele riu com vontade.
— Depende… do jeito que estou por você, no seu lugar eu teria medo.
Meu corpo inteiro respondeu a essas palavras.
Ele me olhou firme, com um sorriso de canto.
— Não tenho intenção de ser bonzinho hoje — disse, e depois completou, rindo — mas vai sobreviver.
Antes que eu dissesse qualquer coisa, me puxou pro colo e voltou a me beijar.
O clima esquentou rápido, e entre beijos e amassos, percebi que o carro já entrava em um prédio.
Subimos juntos. Assim que o elevador fechou, ele me encarou e falou com um tom baixo.
— Não costumo trazer mulheres aqui… mas quero o seu cheiro no meu espaço, além do meu corpo.
Quando entramos, fiquei sem fôlego. O apartamento é lindo, moderno, cheio de detalhes.
Mas não tive tempo de admirar nada. Ele me puxou pela mão e me levou até o quarto.
O quarto é enorme, com um mini bar ao lado. Ele foi até lá, pegou uma bebida, tomou um gole e me ofereceu.
Fiz igual, virei de uma vez. Mas essa não era como a de antes. Era forte, amarga.
Comecei a tossir.
Ele levantou meu queixo com cuidado.
— Calma… essa é forte. Nunca tinha tomado? — perguntou.
Neguei com a cabeça.
— Imaginei… como você tá alta, achei que já estava acostumada.
— Hoje foi minha primeira vez — falei baixinho.
Mas acho que ele nem ouviu direito. Voltou a me beijar e eu já meio tonta, me deixei levar.
A bebida pareceu agir rápido.
Tudo ficou meio turvo, as luzes, os sons, até o toque dele.
Em certo momento ele falou ,se quiser parar é agora.
Não, eu quero, quero tudo hoje. Que bom, pois eu não sei se conseguiria parar agora, você... é toda linda e gostosa, ele falou e foi descendo os beijos , meu vestido saiu deslizando, não vi quando abriu ,já não tinha controle de meu corpo.
Depois disso, quase não lembro o que ouve. Minha mente começou a me mostrar alguns momentos da noite e senti meu rosto queimar só de lembrar.
Fui longe demais… devia ter me contido.
Senti vergonha. Nem conheço esse homem, o que foi que eu fiz?
Levantei devagar, com o corpo dolorido, tentando não fazer barulho. Olhei em volta, o quarto estava uma bagunça, nossas roupas espalhadas pelo chão.
Peguei as minhas roupas e fui me trocando com cuidado.
Voltei, procurei minha sandália e segurei nas mãos pra não fazer barulho.
Abri a porta devagar, o coração acelerado, e fui pra sala.
Olhei as horas — cinco e meia da manhã.
O lugar é lindo, moderno, cheira luxo, mas eu só quero ir embora.
Desci, peguei um táxi e segui calada, olhando a cidade pela janela, ainda meio tonta e confusa.
Quando cheguei em casa, estava tudo em silêncio.
Fui direto pro meu quarto, tirei aquela roupa, tomei banho e deixei a água cair sobre mim por um bom tempo.
A cabeça rodava… e o corpo ainda lembrava do toque dele.
Deitei, fechei os olhos e dormi.
Acordei com o Gil falando alto como sempre e a Júlia rindo na porta.
Com aquelas caras amassadas, pareciam ter acordado há poucos minutos.
— Vocês podiam falar mais baixo — resmunguei. — Minha cabeça vai explodir.
A Júlia riu, pegou um comprimido e me entregou.
— Toma, vai te fazer bem.
Peguei sem discutir e engoli.
Ela me olhou com aquele sorrisinho curioso, típico dela.
— Vamos tomar café, deixar o remédio fazer efeito… depois você conta tudo, tá?
Gil estava logo atrás, com aquele olhar de quem já sabe demais.
E eu só pensei:ferrou .