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Capítulo 7 - Despertado o Desejo

lado de fora, um carro preto nos esperava, com motorista.

Ao entrar, me bateu uma insegurança.

— Você não é alguém perigoso, né? — perguntei, meio sem graça.

 

Ele riu com vontade.

— Depende… do jeito que estou por você, no seu lugar eu teria medo.

 

Meu corpo inteiro respondeu a essas palavras.

Ele me olhou firme, com um sorriso de canto.

— Não tenho intenção de ser bonzinho hoje — disse, e depois completou, rindo — mas vai sobreviver.

 

Antes que eu dissesse qualquer coisa, me puxou pro colo e voltou a me beijar.

O clima esquentou rápido, e entre beijos e amassos, percebi que o carro já entrava em um prédio.

 

Subimos juntos. Assim que o elevador fechou, ele me encarou e falou com um tom baixo.

— Não costumo trazer mulheres aqui… mas quero o seu cheiro no meu espaço, além do meu corpo.

 

Quando entramos, fiquei sem fôlego. O apartamento é lindo, moderno, cheio de detalhes.

Mas não tive tempo de admirar nada. Ele me puxou pela mão e me levou até o quarto.

 

O quarto é enorme, com um mini bar ao lado. Ele foi até lá, pegou uma bebida, tomou um gole e me ofereceu.

Fiz igual, virei de uma vez. Mas essa não era como a de antes. Era forte, amarga.

Comecei a tossir.

 

Ele levantou meu queixo com cuidado.

— Calma… essa é forte. Nunca tinha tomado? — perguntou.

 

Neguei com a cabeça.

— Imaginei… como você tá alta, achei que já estava acostumada.

 

— Hoje foi minha primeira vez — falei baixinho.

 

Mas acho que ele nem ouviu direito. Voltou a me beijar e eu já meio tonta, me deixei levar.

A bebida pareceu agir rápido.

Tudo ficou meio turvo, as luzes, os sons, até o toque dele.

Em certo momento ele falou ,se quiser parar é agora.

Não, eu quero, quero tudo hoje. Que bom, pois eu não sei se conseguiria parar agora, você... é toda linda e gostosa, ele falou e foi descendo os beijos , meu vestido saiu deslizando, não vi quando abriu ,já não tinha controle de meu corpo.

 

Depois disso, quase não lembro o que ouve. Minha mente começou a me mostrar alguns momentos da noite e senti meu rosto queimar só de lembrar.

Fui longe demais… devia ter me contido.

Senti vergonha. Nem conheço esse homem, o que foi que eu fiz?

 

Levantei devagar, com o corpo dolorido, tentando não fazer barulho. Olhei em volta, o quarto estava uma bagunça, nossas roupas espalhadas pelo chão.

Peguei as minhas roupas e fui me trocando com cuidado.

 

Voltei, procurei minha sandália e segurei nas mãos pra não fazer barulho.

Abri a porta devagar, o coração acelerado, e fui pra sala.

Olhei as horas — cinco e meia da manhã.

 

O lugar é lindo, moderno, cheira  luxo, mas eu só quero ir embora.

Desci, peguei um táxi e segui calada, olhando a cidade pela janela, ainda meio tonta e confusa.

 

Quando cheguei em casa, estava tudo em silêncio.

Fui direto pro meu quarto, tirei aquela roupa, tomei banho e deixei a água cair sobre mim por um bom tempo.

A cabeça rodava… e o corpo ainda lembrava do toque dele.

Deitei, fechei os olhos e dormi.

 

Acordei com o Gil falando alto como sempre e a Júlia rindo na porta.

Com aquelas caras amassadas, pareciam ter acordado há poucos minutos.

 

— Vocês podiam falar mais baixo — resmunguei. — Minha cabeça vai explodir.

 

A Júlia riu, pegou um comprimido e me entregou.

— Toma, vai te fazer bem.

 

Peguei sem discutir e engoli.

Ela me olhou com aquele sorrisinho curioso, típico dela.

— Vamos tomar café, deixar o remédio fazer efeito… depois você conta tudo, tá?

 

Gil estava logo atrás, com aquele olhar de quem já sabe demais.

E eu só pensei:ferrou .

 

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