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Capítulo 8 - Pelo Olhar do Marcos

 

Estou investindo em outras áreas e comprando cotas em outros grupos hoteleiros. Por isso, vou precisar viajar.

Com tantas coisas pra resolver, preciso de um momento de distração. Chamei o Geovani pra ir numa boate que é de uma amiga nossa. O lugar tem áreas privadas, o que me agrada muito.

 

— Geovani, segunda-feira começa a outra assistente. Era pra ela vir nessa viagem, mas como não dá pra adiar — tem contratos que precisam ser assinados — vou levar o André, como combinamos. Já que você vai ficar sem ele, poderia passar os detalhes da empresa pra ela junto com a Aline. Assim não desfalcamos sua equipe e ela já pega o ritmo.

 

— Engraçadinho você ? Assim fica fácil pra você.

— Sabia que você entenderia.

 

Enquanto conversávamos, eu olhava pra pista.

De onde estava, vi dois casais chegando. Mas me vi hipnotizado por uma mulher linda. O corpo dela... uma delícia. Já nem ouvia mais o que o Geovani dizia.

 

Ele percebeu minha fascinação e se colocou ao meu lado, curioso.

— Que mulher, hein...

— Pena estar acompanhada.

— Ela?

-Claro .

Marquinhos, você tá cego, cara. Olha lá, nitidamente os caras são casal.

 

Olhei melhor e sorri.

— Será que elas também são?

— Acho que não. A outra olha muito pros lados, parece em busca de paquera.

— Então aquela mulher não me escapa hoje.

 

A observei na pista. Quanto mais eu olho, mais fascinado fico .

— Cara, vai lá. Você tá  secando a mulher,  olha o tanto de marmanjo de olho nela. Nunca te vi assim.

— Ela é diferente, não sei... Não tem o olhar das outras. Parece até tímida.

— Sim, apesar de linda, não tem o olhar de quem sabe o poder que tem.

— Vou lá descobrir.

 

Geovani riu do meu lado. Diz que vai embora — tem duas lindas em casa  esperando por ele.

Ele é casado e tem uma filha, minha afilhada. É apaixonado pela esposa.

 

Assim que desci, vi ela indo pro banheiro. Resolvi esperar um pouco.

Um tempo depois, não sei se foi destino, mas ela acabou nos meus braços.

 

Ela ia cair. Eu a segurei contra meu corpo.

— Attenzione — falei.

 

Levou um tempo até ela responder.

— Desculpe — diz , com a voz um pouco falha. O que me deixou ainda mais satisfeito.

— Um piacere — respondi, mas na verdade é prazer tê-la em meus braços. O encontro foi providencial.

 

— Estou de olho em você há um tempo. Adorei te ver dançar. Quero dançar com você, mas só nós dois. Venha — falei, já a  conduzindo pra sala reservada.

 

Ela parecia querer, mas havia insegurança nos olhos. Uma mistura que me intriga e fascina .

Comecei a dançar com ela. Não quero que fuja de mim.

 

Nitidamente ela bebeu, mas está lúcida — se preocupa com a amiga, sabe o que fazia. Gosto de mulheres, mas gosto que queiram estar comigo e saibam disso. Em alguns casos, a bebida encoraja — acho que era o caso dela.

 

O beijo eu dei. Não pedi. Mas se sentisse que ela não queria, eu pararia. Respeito o não.

Mas ela está tão entregue quanto eu. Senti em cada toque. Esses lábios carnudos me convidam a mais. Já estou viciado.

 

Esse cheiro... o que essa mulher tem?

Não consigo me afastar. Quero ela, mas não aqui.

Sinto que não devo. Já nem sei o que está dando em mim. Ainda nem perguntei o nome dela, e sinceramente acho que nem devo.

 

Preciso dar um limite a esse fascínio. Ela me enfeitiça.

Vou levá-la pro meu apartamento — é loucura, eu sei — mas quero esse cheiro lá. Quero lembrar dessa noite. Não a verei mais. Não quero. Sei que se isso acontecer, não conseguirei manter distância. Ela é como um ímã.

 

A convidei pra outro lugar, já avisando que deixaria a amiga dela despreocupada. Falei com um dos seguranças.

No carro, me perguntou se eu sou perigoso. Achei engraçado.

 

Ela tem algo que me deixa leve, me faz bem.

— Depende — respondo com diversão, mas deixo claro o que pretendo. Se não quiser, terá tempo de desistir.

 

A trouxe pro meu colo e me deliciei naqueles lábios que já me deixam louco.

 

Quando cheguei no apartamento com ela, vi que gostou do que viu.

Porém, não dei muito tempo . Eu não aguentava mais esperar. Quero muito essa mulher.

 

Ela também não perguntou meu nome. Pode ser pelos mesmos motivos. Não vou pensar sobre isso agora.

 

No quarto, ela continuou admirada. Tomei mais um pouco de whisky e servi uma dose pra ela.

Quero nossos corpos quentes, e ela  livre pro que tenho em mente.

 

Ao virar a bebida, percebi que não está acostumada com algo tão forte. Acalmei ela.

A beijei com uma vontade que nem sei explicar. Ela é uma delícia. Acho que até falei isso em voz alta. Nem sei.

Estou perdido nela.

 

Mesmo assim, confirmei se ela realmente quer.

A resposta dela foi música pros meus ouvidos.

 

Ah, esse cheiro… e que pele.

Beijei, explorei, quase venerei cada pedaço dela. Um instinto me guiava a ser o homem que eu não era há tempos —  que eu  quis ser, justamente com ela.

 

Às vezes parecia inexperiente, mas é tão recíproca que a impressão se desfaz rápido.

Mão, boca, desejo em movimento intenso.

 

Tive a confirmação do que me alertou o tempo todo… porém o cansaço nos venceu, e caímos num sono rápido.

 

Quando acordei, não a vi ao meu lado. Procurei pelo apartamento todo. Ela se foi.

Se não fosse o ambiente, diria que tudo foi um sonho.

 

Após um banho, sentei. As lembranças daquela noite vieram como flashes.

Quem é ela?

 

Olhei pra cama e pensando ,o que foi que eu fiz?

Por que não perguntei o nome dela?

 

Peguei o telefone…

Por que ela não esperou?

 

Com certeza, eu faria perguntas hoje — com mais clareza.

 

Preciso me arrumar. Viajo hoje.

Mas será?

 

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