Ouvir o Marcos falar dos nossos filhos aquece e dá um alívio estranho ao meu coração.
Mas também me faz lembrar o que me trouxe até aqui.
Fleches de memória vêm como t***s rápidos: a festa… a conversa com a Luana… aquela mulher indo até o Marcos… o beijo forçado… ele assustado… e o ciúme que eu senti entrando como faca.
Mesmo vendo com meus próprios olhos que ele não teve culpa… eu senti.
Naquele momento eu tive medo. Medo de perder. Medo de não ser suficiente. Medo… mesmo ele provando todos os dias que me ama.
E eu só queria sair dali.
Só que o que eu consegui foi me colocar em risco.
E pior — coloquei a vida dos meus filhos em risco.
Quando lembro, as lágrimas vêm fortes, e minha voz sai quebrada:
— Marcos… aquela mulher… — e o choro me domina.
Ele tenta me acalmar, a voz dele tremendo no limite.
— Calma, amoré mio… por favor. Você não pode se agitar… você precisa ficar bem primeiro. Por favor, Ana, não fica assim. Eu não tenho nada com aquela mulher. Mas você precisa se a