Me despeço dos meus filhos temporariamente. Sinto que eles vão vencer… vão viver.
Agora eu preciso ver a minha Ana.
A enfermeira me leva até a UTI. O corredor parece não ter fim, andamos por um tempo até que ela para em frente a uma porta. Higienizo as mãos conforme fui instruído. Os sons dos monitores já podem ser ouvidos antes mesmo de abrir a porta. Meu coração dispara.
Quando a porta se abre, eu vejo o meu amor.
Ela está ali… pálida… mas respirando tranquila.
Me aproximo. Ver ela desse jeito me destrói, mas ao mesmo tempo me alivia.
Ela está viva.
Eu não consigo segurar — e choro. Mas agora é de alívio.
Minha Ana está aqui, viva, para continuarmos nossa família.
Com dificuldade, falo com ela. Não sei se me ouve, mas falo mesmo assim:
— Ana… — minha voz sai falha. — Eu estou aqui, amoré mio… estou aqui. Não faz mais isso comigo, tá? Eu não sei viver sem você… por favor… não faz mais isso.
Beijo as mãos dela.
— Você me assustou muito hoje…
Marcos tenta sorrir para amenizar, mas a ve