Dante sorriu. Um daqueles sorrisos raros, que começavam a voltar aos poucos.
Dante estava deitado, mas não dormia. Seu corpo estava ali, imóvel, porém a mente... longe, cheia de vontades e desejos acumulados. Seus olhos estavam presos em Unirian, deitada ao seu lado. Ela dormia profundamente, com a respiração suave e rosto sereno, parecendo ainda mais etérea sob a luz da lua que entrava pelas frestas da cortina.
Mas não era o rosto dela que capturava sua atenção naquele momento.
O pijama de seda curto deixava as pernas torneadas e delicadas à mostra. Um dos tecidos havia escorregado, revelando parte da coxa. Dante engoliu seco, sentindo o desejo ferver. Era sua mulher. Sua esposa. A mãe de seu filho.
E ainda assim, ele não a havia tocado como tal.
Num impulso contido pela razão, ele se levantou com cuidado, evitando acordá-la. Pegou o celular e foi até a varanda.
— Ricci...—sua voz estava baixa, mas firme.
— Tudo bem, chefe?
— Preciso que fique com Villano esta noite.
— Agora? —hou