A fumaça do charuto pairava no ar como um véu denso de segredos. O patriarca dos Marchesi, Severino, observava a taça de conhaque em sua mão como se nela estivesse o destino da linhagem. À sua frente, sentada como uma dama de porcelana, estava Caterine Valois— elegante, com um vestido preto justo e um colar de rubi no pescoço.
— Ele se apaixonou por ela. De verdade.— disse Don, com nojo contido. — Uma garota sem nome, sem sangue nobre. Uma virgem que virou obsessão.
Caterine sorriu com doçura venenosa.
— Por isso você me chamou de volta da morte?
— Você era a única que ele obedecia sem questionar. A única que ele desejou antes de ficar cego por essa... Unirian.
Ela inclinou-se para frente, com os olhos brilhando.
— Então vamos fazer o lobo lembrar de onde ele veio. E quem ensinou a matar.
Don bebeu o conhaque num gole só.
— Traga ele de volta. Nem que seja quebrando o que o mantém fraco.
Mais tarde, no jardim — Encontro entre Caterine e Unirian.
Unirian estava senta