O sol já havia se inclinado, tingindo as paredes com tons alaranjados.
Apenas o som do vento zunindo pelas frestas do apartamento abandonado.
Villano estava sentado no chão, mexendo em peças de uma arma desmontada sobre o tapete puído.
Ura, ainda amarrada à cadeira, balançava as pernas inquieta. Olhava para ele com um olhar firme, mesmo com a boca ainda amordaçada.
Ela soltava uns sons abafados que Villano, após um tempo, decidiu ignorar.
— “Mmmm… mmmmm!”
Ele ergueu os olhos, respirou fundo.
— “Você vai continuar com isso por quanto tempo?”
Mais sons abafados.
Ele se levantou com um suspiro cansado, foi até a mochila novamente e tirou um pedaço de pão, daqueles compactos de ração militar, e uma garrafinha de água.
Se aproximou, tirou a mordaça devagar.
Ura ofegou, finalmente podendo respirar fundo.
— “Sério? Um pão seco e água? Eu quase morri hoje e você me dá isso?”
Villano arqueou uma sobrancelha, entregando sem pressa.
— “Não tá num hotel. Tá viva.”
E