Angel
O telefone vibrou no sofá ao meu lado. Quando vi o nome de Lucas na tela, meu coração se apertou por um instante. Atendi, tentando disfarçar o sorriso que sempre surgia sem querer quando ouvia a voz dele.
— Oi.
— Estava esperando você chegar em casa. Não queria atrapalhar seu trabalho.
— Você nunca atrapalha.
Do outro lado, ele ficou em silêncio por um segundo, e eu imaginei o sorriso contido dele.
— Está tudo bem por aí?
— Agora está. — Olhei de canto para Amélia, que discretamente se levantou e foi para a cozinha, me dando privacidade. — Desculpa não ter te respondido antes. Só... um dia complicado.
— Angel... — A voz dele soou mais suave. — Não fica se desgastando por besteiras. Você sabe o quanto eu queria estar aí agora.
Meus olhos se fecharam por um instante.
— Eu sei. E me sinto idiota por ter deixado certas coisas me afetarem.
— Não precisa se sentir assim. A gente vai conversar quando eu voltar, com calma. Prometo.
— Estou contando os minutos.
— Eu também.
Conversamos p