(Sala de Iolanda, 12h45)
Carolina
A sala de reuniões privada de Iolanda sempre foi imponente, mas naquela manhã, ela parecia mais sufocante do que nunca.
As janelas amplas estavam abertas, mas nenhum ar circulava. O silêncio era o verdadeiro protagonista ali dentro, denso, pesado. Eu estava sentada com a postura impecável, as pernas cruzadas com elegância e o maxilar travado. Ao meu lado, Igor passava os dedos repetidamente no relógio de pulso, como se esperasse que o tempo o salvasse.
Iolanda não disse nada por longos minutos. Ela nos observava com aquele olhar glacial, impassível, como se estivesse escolhendo a melhor maneira de nos humilhar. E eu sabia. Claro que eu sabia o que