Angel
A mansão estava silenciosa quando entramos, mas o sangue nas minhas veias rugia como um rio descontrolado. Entramos na mansão como quem invade um campo de guerra. Pelas nossas expressões, pelas roupas desalinhadas, pela tensão no corpo… a casa toda pareceu prender a respiração.
Mas não paramos.
Leonardo caminhava à minha frente, seus passos firmes ecoando no mármore. Não existia nada daquele homem quebrado que eu vi no apartamento de Raul. Ele estava de volta. Ou melhor, pior.
A biblioteca estava com as luzes acesas — e, claro, Iolanda estava lá, como sempre, envolta em seus livros caros e seu ar de superioridade. Iolanda Figueiredo. A mulher que controlava o mundo com uma sobrancelha