O despertar foi gentil. Pela primeira vez em uma eternidade, Aether abriu os olhos para o simples milagre do silêncio em sua própria mente. Não havia vozes ancestrais, nem visões de futuros em conflito. Havia apenas o quarto, a luz do amanhecer e o ronronar suave de Luna e Kael em seus berços. Um sorriso tranquilo, puramente infantil, brotou em seus lábios.
Enquanto Scarlet e Kieran o envolviam em cuidados matinais. Um abraço prolongado dela, uma aula rápida de equilíbrio com ele, uma sensação de plenitude rara preenchia o santuário. Aether era, naquele momento, apenas um menino. E isso era uma vitória.
Mais tarde, quase que por instinto, seus pés o levaram até o átrio onde o cristal do Observador repousava, imóvel e silencioso. Ele não foi chamado por uma pulsação de poder; foi uma atração suave, como a de uma criança curiosa por um objeto brilhante.
Ele se sentou diante da pedra, suas mãozinhas repousadas no colo. E então, algo aconteceu.
Não foi uma invasã