O silêncio reinava no complexo, mas era um silêncio carregado de tensão, diferente de qualquer outro que Luiza já havia sentido. O rubi pulsava em sua mão, mas não mais com a calma que sentira nas últimas batalhas. Agora, cada batida parecia refletir a confusão, a raiva e a ansiedade que cresciam dentro dela.
— Luiza… — Alex disse, aproximando-se, a mão apoiando-se levemente na dela. — Você sentiu isso também?
Ela assentiu, a respiração irregular. — Algo mudou — respondeu, a voz baixa. — Não é apenas energia… é ele. Lucas.
Nos últimos dias, pequenas inconsistências haviam se acumulado na mente de Luiza. Palavras trocadas, olhares evasivos, atitudes que antes pareciam insignificantes. Mas agora, diante da intensidade crescente do rubi e da proximidade de Alex, tudo fazia sentido. Algo estava errado.
Lucas apareceu no centro do salão, como sempre calmo, aparentemente seguro. Mas havia algo no olhar dele que não podia ser ignorado: a arrogância de quem sabe que guarda um segredo mortal.