Matondo
Os primeiros raios de sol invadiam o quarto, esgueirando-se pelas cortinas entreabertas e aquecendo meu rosto. Ainda de olhos fechados, sentia o conforto das cobertas macias e a calma do ambiente. De repente, um sussurro inesperado ecoou nos meus ouvidos:
— Bom dia, dorminhoca!
Abri os olhos assustada e virei bruscamente, só para ver Clarice curvada ao lado da minha cama, um sorriso travesso no rosto. No entanto, o movimento abrupto me fez perder o equilíbrio e cair da cama com um baque surdo.
— Ai! — Exclamei, sentindo meu corpo contra o chão frio.
Clarice caiu na gargalhada, quase dobrando-se de tanto rir.
— Não acredito que você caiu da cama! Matondo, você é única! — Disse, enquanto enxugava as lágrimas de tanto rir.
— Você tem um jeito curioso de desejar bom dia às pessoas, sabia? — Retruquei, rindo enquanto me levantava.
— É para garantir que você nunca me esqueça. Agora vamos, a casa já está movimentada, e a vovó preparou um café da manhã digno de reis.
Me higie