Justin
O clima no quintal da casa do óbito ainda estava pesado, mas a presença de Matondo parecia ter acalmado um pouco os ânimos. Seus pais não tiravam os olhos dela, e sua mãe, emocionada, aproximou-se ainda mais.
Ela estendeu a mão, tocando com delicadeza a barriga de Matondo.
— Minha filha… — sussurrou. — Por que não nos disseste antes?
Matondo abaixou o olhar e suspirou.
— As coisas estavam complicadas, mamã. Mas eu ia contar.
A mãe dela sorriu suavemente, os olhos marejados.
— O mais importante é que estás aqui.
O pai de Matondo olhava para nós com uma expressão séria, mas não hostil. Ele se virou para mim, avaliando-me com atenção.
— E este é…?
Matondo segurou minha mão e me puxou levemente para frente.
— Pai, mãe… este é Justin, meu noivo.
— É um prazer conhecê-los — disse em inglês, apertando a mão do pai dela.
Ele retribuiu o aperto firme e assentiu.
— Chamo-me Afonso. Sejam bem-vindos.
O cunhado de Matondo se adiantou e também me cumprimentou.