Um amor que parece ser impossível aos olhos de todos, mesmo vivendo uma realidade diferente dos nossos avós... o status ainda é uma barreira para um casal ficar junto. O dinheiro e a influnecia que ele compra influencia sim. Eles lutaram e lutam para estarem juntos todos dia. Sendo de países diferentes existe muitos motivos para dar tudo errado no final.
Ler maisO dia começou com risadas e brindes. O aroma do pão quente e do café fresco preenchia a casa enquanto celebrávamos o aniversário de casamento dos meus pais. Eles estavam radiantes, como sempre.
—Bom dia com Alegria família- disse assim que cheguei a mesa dando um beijo na bochecaha dos meu pais- Olá maninha. para a minha irmazinha. — Feliz aniversário para vocês e muitas mais anos. disse vendo meu pai beijava a mão da minha mãe com aquele olhar de admiração que sempre me fazia acreditar no amor verdadeiro.—Quais os planos para hoje.?— Meu pai todo feliz, com os seus quase 50 anos se ajoelhou e pediu a minha mãe para sair, achei muito Fofo da parte do Sr. Domingos e mais lindo ainda da Sra. Natália aceitar... eles são o complemento um do outro. Naquele momento, eu achava que nada poderia quebrar a harmonia daquela manhã e daquele dia. Se ao menos eu soubesse... O trabalho me consumiu mais do que o habitual naquele dia. Eu liderava um projeto importante e, quando finalmente cheguei em casa, a noite já havia engolido o céu. Meus pais tinham saído para o seu jantar romântico, e a casa estava mergulhada em um silêncio confortável. Eu subi as escadas, cansada, mas com um hábito que não abandonava: visitar minha irmã, Sílvia, antes de dormir. Ela normalmente já estaria deitada, assistindo a alguma série boba, reclamando sobre seu dia e me arrancando risadas mesmo nos momentos mais difíceis. Mas naquela noite, algo estava errado. eu ouvia risada, gemidos e vozes e sei que não vem de nenhuma televisão porque eu conhecia bem de quem eram, me apresso a chegar pensando que tinha uma festa e não fui convidada Ao abrir a porta do quarto dela, meu mundo desmoronou. Carlos, meu noivo, estava ali, não sozinho. Ele estava com Sílvia. Por um instante, meu cérebro recusou-se a acreditar no que via. Era como se meus olhos estivessem mentindo para mim, mas os risos abafados e os sussurros cúmplices confirmaram a verdade que eu nunca quis ouvir. — Matondo... — Carlos tentou falar, mas sua voz morreu ao ver minha expressão. — Isso... isso não pode ser verdade. — Minha voz saiu fraca, mas o tremor em meu corpo gritava a dor que eu sentia. Sílvia, minha irmã, aquela que sempre esteve ao meu lado, não tentou negar. Não pediu desculpas. Apenas ficou ali, me olhando, como se a culpa fosse um peso que ela estava disposta a carregar, mas não a largar. — Nós... Nós...simplesmente aconteceu, Matondo — ela confessou, como se fosse algo natural.—estamos juntos. Juntos. A palavra ecoou na minha mente como um martelo, esmagando cada memória feliz que tínhamos compartilhado. Carlos, tentou me chamar para explicar mas não dei margem para isso. Antes de tudo nós eramos amigos e me trair desaa forma era covardia ainda mas com a minha irmã. Não lembro exatamente como saí daquele quarto. Meu corpo parecia movido por uma força que eu não reconhecia, enquanto meu coração se despedaçava. Caminhei até meu quarto, fechei a porta e desabei. Minhas lágrimas não foram silenciosas. Elas eram gritos abafados de uma dor que parecia não ter fim. Eu queria entender como eles tiveram coragem de me trair daquela forma, mas ao mesmo tempo, sabia que jamais encontraria uma resposta satisfatória. Quando contei aos meus pais, esperava apoio. Esperava que, ao menos eles, ficassem ao meu lado. Mas suas reações só aumentaram meu sofrimento. — Matondo, ela é sua irmã — meu pai disse, como se isso fosse desculpa suficiente para a destruição que ela causou. Minha mãe, por sua vez, insistiu em um pedido que soava como uma facada no coração. — Você é a irmã mais velha. É sua obrigação apoiar a relação entre sua irmã e Carlos. ele não era para ti filha. —Apoiar? Depois de tudo?— pensei. —Sim, apoiar— disse minha mãe respondendo ao meu pensamento parece que pensei em voz alta— Nós quando descobrimos fizemos isso, você também podes e achamos que eles estão melhores juntos. Es muito velha para ele. Então eles ja sabiam? E mesmo assim não me disseram ou fizeram algo a respito? So porque o menino favorito deles estava com a filia favorita deles. Quando nós tinhamos anunciado que estavamos noivos meus pais não aceitaram tambem bem no princípio. Mas naquela noite e dias depois desabei e me senti traída em niveis já mais experimentados por mim. Quando me pediram para ser madrinha do casamento, achei horrível mas minha mãe e tias praticamente me obrigaram aceitar. Percebi que não havia mais lugar para mim naquela casa. A família que eu conhecia estava morta, e o amor que eu tinha por eles agora era apenas uma lembrança distante. No dia do casamento, vesti-me de vermelho. Não pelo glamour, mas para que todos vissem a chama da minha indignação. Sorri nas fotos, não por felicidade, mas porque me recusei a dar-lhes o prazer de ver meu colapso. Não havia mais nada para mim ali. Angola, minha terra natal, tornou-se um túmulo de memórias dolorosas. Sai dali sem dar o prazer e o gosto de saberem para onde vou. Não terminei a festa peguei as minhas malas e fui para o aeroporto. Quando o avião decolou, olhei pela janela e prometi a mim mesma que jamais permitiria que alguém me destruísse novamente. Eu estava ferida, sim, mas não acabada. Minha nova vida estava apenas começando, e dessa vez, seria construída com as minhas próprias mãos. Alemanha, aqui vou eu.Olá a todos, espero que estejam bem!Recebam a minha saudação, independentemente do horário e do lugar onde estão. Hoje, escrevo com o coração transbordando de gratidão e alegria, pois este momento é muito especial para mim.Completar esta história é a realização de um sonho que venho alimentando há anos. Esta não é apenas uma história, mas um pedaço de mim, uma jornada que começou há aproximadamente seis anos, quando a primeira ideia surgiu na minha mente. Desde então, escrevi inúmeros rascunhos, experimentei diferentes versões e criei personagens que, ao longo do tempo, foram ganhando vida própria, e passei por momentos em que duvidei se essa história algum dia veria a luz do dia. Mas a paixão por contar essa narrativa sempre falou mais alto.Espero daqui a algum tempo melhora-la, queria inicialmente começar, queria partilhar nem que fosse apenas uma parte ou ideia do amor e conexão existente entre e o Justin.Escrever sempre foi uma paixão, mas confesso que trazer essa obra ao
Prólogo - Matondo O sol dourado da tarde banhava o jardim da nossa casa, onde Justin brincava com nossos filhos. A risada de Artur, agora com nove anos, misturava-se à das nossas gêmeas, Amira e Zahra, que corriam pelo gramado, os cachos saltando enquanto o pai as girava no ar. Era uma cena perfeita. Observei tudo de longe, sentindo meu peito se aquecer. Tantos anos se passaram… tantas batalhas lutamos. Mas, olhando para eles, sabia que tudo valeu a pena. Fechei os olhos por um momento, e as memórias me levaram de volta ao início de tudo. Frankfurt, Alemanha – O Encontro Flash back on: Foi então que o vi. Justin Bieber estava na área VIP, cercado por amigos e seguranças, mas seus olhos pareceram me encontrar no meio da multidão. Ele desceu as escadas e veio até a pista, onde eu estava. — O show foi incrível. Parabéns — disse, tentando soar casual enquanto ele se aproximava. — Obrigado. E você é...? — ele perguntou, sorrindo de lado, como se já soubesse a resposta.
Matondo Já se passaram quatro semanas desde que chegamos a Luanda. O trânsito continua caótico, as ruas iguais, e Viana segue com sua energia vibrante e desorganizada. Apesar da nostalgia, muita coisa aconteceu nesse tempo. Tivemos momentos difíceis: tentativas de roubo, brigas de gangues perto da casa do óbito, e desafios de adaptação depois de tanto tempo fora. Mas, no meio de tudo isso, algo ainda maior aconteceu: decidi perdoar meus pais e minha irmã. E, graças aos eventos que me trouxeram de volta, conheci o amor da minha vida. Deixar o passado para trás nunca foi tão libertador. O ressentimento, a dor, tudo o que me impedia de seguir em frente… agora ficou para trás. Quero ser feliz. Quero viver ao lado do homem que amo. Sei que não será sempre fácil, mas não há dúvida: é com ele que quero estar. Uma noite, fomos a um jantar na casa dos meus pais. Eu já sabia que Justin queria oficializar o pedido, mas não sabia exatamente como ele faria. A mesa estava lindamente ar
Matondo Ver Carlos, Silvia e meus pais me fez lembrar daquele dia… O dia em que senti que meu coração havia sido estilhaçado, traída por todas as pessoas que eu mais amava. Dei um sorriso torto, tentando manter a compostura. Éramos uma família unida, amigos inseparáveis. Carlos era meu melhor amigo. Silvia, minha irmã, minha confidente. E, de repente, tudo desmoronou. Saber que os dois tinham me traído e faziam isso sem remorso foi devastador. Mas o que mais doeu foi perceber que meus pais sabiam e, em vez de me apoiarem, escolheram o silêncio. Depois que fui embora, tentaram falar comigo inúmeras vezes, principalmente meu pai, que sempre foi o mais conciliador. Mas eu não estava pronta para ouvir. Hoje, diante deles, com um pedido de desculpas, senti algo dentro de mim se agitar. Talvez fosse hora de deixar o passado para trás… Passamos a tarde ali. Justin conheceu minha família, amigos e ex-colegas. Ele mergulhou em uma parte da minha vida que, por muito tempo, achei que estives
Justin O clima no quintal da casa do óbito ainda estava pesado, mas a presença de Matondo parecia ter acalmado um pouco os ânimos. Seus pais não tiravam os olhos dela, e sua mãe, emocionada, aproximou-se ainda mais. Ela estendeu a mão, tocando com delicadeza a barriga de Matondo. — Minha filha… — sussurrou. — Por que não nos disseste antes? Matondo abaixou o olhar e suspirou. — As coisas estavam complicadas, mamã. Mas eu ia contar. A mãe dela sorriu suavemente, os olhos marejados. — O mais importante é que estás aqui. O pai de Matondo olhava para nós com uma expressão séria, mas não hostil. Ele se virou para mim, avaliando-me com atenção. — E este é…? Matondo segurou minha mão e me puxou levemente para frente. — Pai, mãe… este é Justin, meu noivo. — É um prazer conhecê-los — disse em inglês, apertando a mão do pai dela. Ele retribuiu o aperto firme e assentiu. — Chamo-me Afonso. Sejam bem-vindos. O cunhado de Matondo se adiantou e também me cumprimentou.
Justin Ouvi um "Vai, amiga" vindo de Clarice, e meu peito se apertou ainda mais. Caminhamos para o quarto em silêncio e assim que ela fecjou a porta perguntei: — Irias embora sem falar comigo? — perguntei, sentindo um nó na garganta. Matondo negou com a cabeça. — Então por que não me acordaste? — Parecias cansado, Justin. Não quis te acordar. Minha mandíbula se contraiu. Ela estava escondendo algo de mim, eu podia sentir. — E a carta de rescisão? Ela respirou fundo antes de responder. — Justin, vamos ser honestos. Nos últimos meses, eu tenho ficado mais fora da empresa do que dentro, e o time tem feito um ótimo trabalho sem mim. Agora, com dois bebês a caminho, eu não darei conta de trabalhar. Ela me olhou nos olhos, como se estivesse se preparando para o que eu diria a seguir. — Sabes que eu nunca te pediria para parares de trabalhar, né? — falei, segurando sua mão. Ela assentiu. — Eu sei. Mas não posso mais continuar assim, não é justo com a equipe. Eu q
Último capítulo