Fernando não deixou Marcos ir embora, tínhamos muito o que conversar, minha mãe veio me abraçar assim que passou o assombro.
— Que merda você fez Marcos! — gritou meu pai, em seguida se distanciou colocando as mãos no rosto.
Marcos continuava com aquele meio sorriso zombeteiro, estava se divertindo com a situação. Ele pegou a peruca que Amélie jogou no chão e a ajeitou em mãos.
— Talvez você também fique bem de cabelo comprido irmão. — brincou.
— Isso tudo é uma grande piada pra você? — esbravejei.
— E quer que eu faça o que? Me lamente? Não, não vou fazer isso porque eu faria tudo de novo. Você acabou com a minha vida Ettore e eu ainda fui bonzinho e cuidei bem da sua.
— Quer que eu te agradeça?
— Não quero nada que venha de você, irmão, para mim você está morto desde o dia que decidiu abrir a boca para espalhar mentira.
— Mentira? Eu sei o que eu vi...
— Chega meninos! — interviu Bianca, se colocando entre nós dois. — Marcos, porque fez isso meu filho?
Marcos não respondeu.