— Você mandou alguém ao meu apartamento? — ela o confrontou, a voz carregada de uma mistura de fúria e medo. — Foi você quem enviou alguém lá algumas noites atrás? — repetiu, desta vez com mais firmeza. Precisava de respostas — claras e precisas.
Ele sorriu, mas não era um sorriso reconfortante: tinha algo de sombrio, quase zombeteiro, carregado de uma arrogância que a fazia sentir-se vulnerável.
— Não preciso mandar ninguém para assustar você, malyshka — assegurou. — Já disse: você é teimosa e impaciente. Acha que eu não sei que continuou investigando sozinha? Sem falar que confia naquele detetive. — Balançou a cabeça num gesto de falsa pena. — Ele pode ser honesto e realmente querer ajudar, mas… e os outros? O detetive Hayes é exceção, não regra. A polícia é péssima em guardar segredos, e você… também não é tão discreta quanto pensa. Está acostumada a lidar com criminosos de pouca monta, com mais coragem do que inteligência. Mas isto, Emilia… isto é outro nível. Um jogo muito mais c