— É bom você não ficar dando desculpas depois. Vai ser divertido, prometo. — Ela levantou as sobrancelhas, com um sorriso que, apesar de provocador, tinha algo de sincero.
Eu ri baixinho, tentando disfarçar a insegurança.
Divertido, é?
— Eu só preciso pegar algo nada de mais.
— Respondi, me levantando lentamente, forçando minha cabeça a relaxar, já decidida a seguir em frente.
Ela se virou rapidamente para Cecília e fez um gesto dramático com a mão.
— Viu? — ela disse, rindo — Eu sabia que ela vinha. Não pode resistir à nossa companhia.
Cecília riu.
Fui até o meu quarto.
Abri a gaveta e puxei o colar de ouro com o “R”. Passei os dedos pelo pingente antes de prendê-lo no pescoço, deixando que o frio do metal se acomodasse contra minha pele.
Agora sim…
As duas estavam rindo da piada que Angela acabou de contar, e a gargalhada da Cecília ressoando pela rua.
Meio irônico, né?
Elas acabaram de se conhecer, e já eram quase como velhas amigas. Enquanto caminhávamos em