Antonela acabou seu café rapidamente, pediu licença e se levantou dá mesa, os pais sabiam que existia algo errado, mas não insistiram para que ela ficasse, conversariam com a filha em particular.
Os olhos de Eliot a seguiram enquanto ela caminhava para fora.
Antonela resolveu caminhar um pouco, seus pensamentos ainda estavam turbulentos, abraçou o próprio corpo enquanto caminhava, o frio que fazia naquela manhã parecia se instalar em seus ossos.
Eliot saiu dá mesa sem falar nada, em sua mente procurava formas de manter Antonela afastada, mesmo que seu corpo gritasse pelo dela, dá janela do seu quarto a viu caminhando lá fora, deveria ter fechado a cortina, saído, mas não conseguiu, ficou ali observando.
Antonela parou e respirou fundo, olhou para o céu, viu o sol, se deu conta de que o frio que sentia não era do clima, mas do seu próprio corpo, como se viesse dá sua alma, se virou para entrar, quando viu Eliot na janela do primeiro andar, seus olhares se cruzaram, ficaram assim por alguns segundos, antes de Eliot se afastar dá janela, o coração de Antonela estava despedaçado, mas ela resolveu naquele momento que não choraria mais por ele, não daria mais chances de ser machucada, entendia que sua pouca idade poderia ser um empecilho, mas não entendia porque ele precisava machucar e torturar seu coração, não seria mais fácil continuar, a tratando como antes? Será que em algum momento Eliot percebeu seus sentimentos por ele, e decidiu que seria bom brincar com ela.
Antonela, subiu as escadas, estava movida pela raiva, entrou em seu quarto e trocou suas roupas, pelas que costumava vestir, colocou um vestido rodado, mas teve o cuidado de colocar um short por baixo, seu tênis branco e soltou os cabelos que estavam presos em um coque, apenas manteve seus óculos escuros, os olhos ainda estavam muito inchados, desceu correndo as escadas, deu de cara com Eliot na sala, não olhou para ele mais que um segundo.
Ela saia quando teve seu pulso agarrado, se virou e olhou para Eliot e depois para mão dele que a segurava, ele largou, estendeu uma maçã a ela.
Eliot:- Coma-Antonela se sentiu confusa, franziu a testa
Antonela:- Coma você-Ela saiu sem olhar para trás, caminhou para os estábulos, ainda estava exitante
, mas conversou com um dos peões, era uma rapaz bonito, que sempre a ajudava, Antonela nunca sentiu um olhar de malícia nele, então se sentia segura.
Alonso:- Bom dia senhorita Antonela, vai cavalgar?-Alonso escovava um cavalo, ela se aproximou para fazer carinho no animal.
Antonela:- Eu gostaria, mas termine de escovar essa lindeza, eu posso esperar-Eliot estava logo atrás dela, de onde estava não conseguia ouvir o que Antonela dizia, mas a viu sorrindo para Alonso, a conversa entre eles parecia tranquila e agradável, sem carregar o peso e tensão que sempre existia quando falava com ela.
Alonso:- Senhorita Antonela, me desculpe, mas o botão do seu vestido está aberto-Instintivamente Alonso levou a mão ao vestido, não para tocar Antonela, mas para apontar o problema, ela ainda sorrindo olhou para baixo, estava abotoando quando a voz de Eliot surgiu como um trovão
Eliot:- O que vocês estão fazendo? Você sabia que ela é menor de idade?-Alonso e Antonela se viraram para olhar para ele, a confusão estampada em seus rostos.
Antonela:- O que você está fazendo aqui?-Eliot avançou até ela o ciumes corroendo seu coração, segurou o pulso de Antonela.
Eliot:- Vamos para dentro agora-Alonso vendo que Antonela não queria ir, se colocou a frente.
Alonso:- Senhor, talvez seja melhor se acalmar, está machucando a senhorita Antonela-Eliot se virou e deu um soco em Alonso, ele não estava esperando essa reação, pego de surpresa caiu sentado.
Antonela levou a mão a boca, olhava para Eliot como se ele fosse louco, se abaixou para ajudar Alonso.
Antonela:- Você é louco?-Seus óculos caíram na confusão, quando ela olhou para Eliot, ele pode ver os olhos inchados e ainda vermelhos, seu coração se apertou, ela havia passado a noite chorando-Saia daqui Eliot, Alonso só estava me ajudando com o cavalo, o que te dá o direito de me seguir , de bater nas pessoas? Você acha mesmo que pode brincar assim comigo/ Você é apenas um playboy mimado, um completo idi@ta procurando diversão, nunca mais fale comigo, ou mesmo olhe para mim.-Eliot passou a mão pelos cabelos, sabia que tinha ido longe demais, se afastou sem dizer mais nada e entrou na casa.
Depois que se levantou Alonso foi selar o cavalo para ela, Antonela se desculpou com ele, antes de montar.
Ela não viu Eliot quando retornou, Agnes estava deitada na espreguiçadeira próxima a piscina, levantou os olhos para ver a amiga.
Agnes:- Onde você estava? Passou três horas fora.
Antonela:-Cavalgando, parei no lago, precisava pensar.
Agnes:- O que aconteceu entre você e Eliot? Não adianta me dizer que não foi nada.-Antonela suspirou e se deitou na espreguiçadeira ao lado, contou a Agnes os acontecimentos, desde a noite anterior.
Antonela:- Ele parece gostar de brincar com os meus sentimentos-Agnes sorriu
Agnes:- Minha querida amiga, ele está com ciúmes, você não vê? Claro que Eliot vai querer te manter longe dele, ele é bem mais velho que você, mas para mim está claro que ele tem sentimentos por você Antonela, seja paciente, semana que vem você faz dezesseis, vai estar mais perto da maioridade.
Antonela pensou nas palavras de Agnes, se ela estivesse certa havia sido muito dura com ele, se Eliot realmente tivesse sentimentos por ela, ele poderia ter falado, ela esperaria por ele o tempo que fosse necessário, um pequeno sorriso surgiu em seus lábios