CAPITULO 04 DESCONTROLE

Eliot se virou, ouviu os dentes de Antonela batendo de frio, caminhou até ela e tentou esquentar seu corpo com as mãos sobre a toalha.

Eliot:- Agora pode me responder? Que porr@ você estava pensando?

Antonela:- Eu não queria vestir calcinha molhada-Ela se abaixou e começou a vestir suas roupas, as mãos tremiam e Eliot resolveu ajudar, mesmo tentando não pensar, mas a pele dela era macia, as curvas perfeitas a imagem de Antonela saindo nua da água nunca mais sairia dá sua cabeça, 

Eliot:-Desde quando se tornou tão desinibida?-Ele tentava manter o semblante neutro, não queria que ela percebesse nem por um minuto seu interesse, aquilo não podia acontecer.

Antonela:-Não sou mais criança Eliot, na verdade, você está me chamando de sem vergonha-Ela continuava colocando suas meias e sapatos, já estava vestida, nem mesmo lançou um olhar a ele

Eliot:- Eu não disse isso, nunca diria nada assim de você-Antonela bufou, se preparando para voltar a casa.

Antonela:- Eu sei, sou uma sem vergonha, andei a cavalo de vestido para que os peões me olhasse, agora estou nadando nua para dar um show aos soldados, e ainda por cima deixei que me beijasse, uma verdadeira idiota-Ela estava chorando.

Eliot não aguentou ver a menina assim a puxou para um abraço, acariciou os cabelos dela, deixando que Antonela desabafasse toda sua angústia, quando o choro diminuiu, ele beijou sua cabeça, sentia o cheiro gostoso do shampoo floral.

Eliot:- As coisas não são assim Antonela, você só precisa ficar mais atenta, me desculpe pelo que eu disse antes, realmente não é o que penso de você, você é doce, uma menina linda-Ela levantou o rosto encontrando os olhos dele, o magnetismo entre os dois era forte, Eliot colocou sua mão no rosto macio e acariciou a bochecha de Antonela, seu rosto a centímetros do dela, Antonela fechou os olhos antecipando o beijo, seu coração batia rápido e descompassado.

Eliot:- Mas você é uma criança, isso não pode acontecer-Ela congelou, os olhos se abriram, Eliot pode ver a dor neles-Eu gosto de você como gosto dá Agnes, nada pode acontecer entre nos-Ela o empurrou e se afastou dele

Antonela:- Eu não sou criança, muito menos sua irmã, Eliot-Ele sustentou o olhar de Antonela, soltou um riso sarcástico

Eliot:- Você é apenas uma garotinha.

Antonela saiu correndo queria se trancar no quarto, ele levantou a mão para dete-lá, mas parou em seguida, sabia que era melhor assim, disse tudo isso para que ela não se sentisse encorajada, ele mesmo já não sabia como se afastar e se Antonela se aproximasse muito, poderia fazer uma besteira, manter a menina longe era o melhor.

Ele caminhou devagar de volta, acendeu outro cigarro, seus pensamentos estavam uma bagunça, mas a imagem de Antonela nua a pele molhada, vinha a sua mente e ele ficou nervoso.

Eliot;- Que merd@ Eliot, você é maluco ou o que?-Ele entrou se sentindo um pervertido, ela era uma menina e ele não tinha direito a ter esses pensamentos.

Entrou no chuveiro gelado novamente, mas nada parecia resolver.

Antonela chorou a noite toda, pela manhã os olhos estavam vermelhos e inchados, pelo choro e a noite em claro.

Ela não queria descer, mas sabia que sua mãe e Agnes ficariam batendo na sua porta, tomou um banho e vestiu uma calça preta e uma blusa de mangas longas, um óculos escuro completou o visual, sentia que expor sua pele agora, poderia parecer uma provocação, queria evitar os olhares, as palavras de Eliot ainda ecoavam em seus ouvidos.

Quando desceu todos já estavam a mesa, infelizmente a cadeira vaga era na frente dele, se sentou, dando um bom dia geral, os pais de Antonela estranharam, ela sempre estava alegre e os cumprimentava com um beijo.

Anderson:- Você está bem princesa?-Ele olhava a filha preocupado

Antonela:-Estou pai, apenas dormi mal-Ela forçou um sorriso, os óculos escuros disfarçando o olhar triste.

Ana:- Retire os óculos Antonela-Ela engoliu seco

Antonela:- A claridade está me incomodando mãe, me desculpem por isso-Ela rezava internamente para que a mãe não insistisse, ficou aliviada ao ver a mãe voltar a se concentrar em seu prato sem dizer mais nada.

Se serviu de café preto e uma torrada, não sentia fome, mas precisava comer alguma coisa ou seria mais difícil convencer os pais de que estava bem.

ELIOT

Eu sabia que era ela antes mesmo de chegar a mesa, quando se sentou a minha frente me surpreendi, as roupas pretas e conservadoras me deixaram pensativo, ela é uma menina que gosta de cores, vestidos esvoaçantes e seus shorts curtos, esse não é o visual que usaria normalmente, ainda mais aqui, e no calor que está fazendo, percebendo a forma que ela está evitando meu olhar, sei que essa roupa tem a ver com as minhas palavras de ontem, mas eu não posso vacilar, minha vontade é colocar essa menina no meu colo, acariciar e ver o sorriso no seu rosto bonito, mas não posso.

Ela não olhou para mim nenhuma vez, a quantidade de comida em seu prato não alimentaria um passarinho, me sinto miserável vendo o que causei a ela com a minha falta de controle, nunca deveria ter me aproximado de Antonela.

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