Os olhos de Gilian então recaíram sobre Lian, que permanecia em silêncio ao lado de Lisanne. O Ancestral o observou longamente, como se medisse não apenas sua aparência ou postura, mas a essência que dele emanava. Havia uma mudança. Não gritante, mas nítida para quem sabia o que procurar.
— O selo foi removido. — comentou Gilian, com a frieza calma de quem simplesmente constata fatos. Sua voz era baixa, mas soou como um sino de julgamento no ambiente silencioso. — E já se nota a diferença. Talvez... não apenas pelo selo em si.
Seus olhos, por um breve instante, deslizaram na direção de Lisanne. O olhar não foi invasivo, tampouco revelador, mas carregava a sutil consciência de quem enxergava mais do que dizia. Em seguida, voltou-se a Lian, e apenas ali a intensidade de sua análise se intensificou.
— Há coisas que só despertam quando ambos os lados cedem. — murmurou Gilian, sem olhar para mais ninguém. — Mas o corpo... o corpo já sabe o caminho antes da mente aceitar.
Lisanne, que ouvir