Ela escondeu-se depressa nas sombras, buscando uma solução. Erika não interrompeu os encantamentos. Pelo contrário, ergueu a voz, bradando as sílabas arcanas. Um vento súbito e impiedoso varreu o interior do templo, atirando objetos em todas as direções. Karim foi arremessado para longe e a espada escapou-lhe dos dedos. Ainda assim, conseguiu agarrar-se a uma pilastra. O vendaval uivava por cada recanto do templo, exceto no exato ponto onde Erika permanecia sentada.
— Ela está extraindo a energia do vento! — Gritou Poder dentro da mente dele.
— O que devo fazer? — Perguntou Karim.
— Você precisa encontrar uma forma de distraí-la, ou ela causará ainda mais destruição.
— Ilem ilem atem ako atula! — Gritou Erika.
Karim fechou os olhos e, por um instante, obrigou-se à calma. Lembrou-se do motivo pelo qual precisava salvar Laika, dos momentos de ternura que vivera ao lado dela, da bruxa que acabara de morrer e de todos os que tombaram por causa daquela guerra.
— Eu vou assumir o controle. —