Capítulo 68

Alonzo

Entre um movimento e outro, entre um beijo e outro, entre um gemido preso e outro que escapava sem controle, eu repetia baixinho, quase sem perceber:

— Eu te amo… eu te amo… eu te amo, coelhinha.

Ela tentou resistir. Eu senti. O corpo dela me dizia uma coisa, a mente outra. Em determinado momento, ela me olhou nos olhos, os dela cheios de lágrimas.

— Eu tenho medo, Alonzo.

— Eu sei. — respondi, sem parar de acariciar o rosto dela. — Eu também tenho. Medo de você ir embora de novo. Medo de acordar e descobrir que isso aqui foi um sonho idiota meu.

Ela inspirou fundo. Segurou meu rosto com as duas mãos.

— Não é um sonho. — sussurrou. — É mais real do que você poderia imaginar.

O ápice veio como um estouro entre nós. Não teve grito, teve beijo. Teve respiração pesada, corpo colado, unhas enterradas nos meus ombros, o nome dela na minha boca e o meu nome nos lábios dela, trêmulo, carregado de tudo que ainda não tinha nome.

Quando o silêncio finalmente se instalou, o quarto ficou qu
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