Alonzo
Entre um movimento e outro, entre um beijo e outro, entre um gemido preso e outro que escapava sem controle, eu repetia baixinho, quase sem perceber:
— Eu te amo… eu te amo… eu te amo, coelhinha.
Ela tentou resistir. Eu senti. O corpo dela me dizia uma coisa, a mente outra. Em determinado momento, ela me olhou nos olhos, os dela cheios de lágrimas.
— Eu tenho medo, Alonzo.
— Eu sei. — respondi, sem parar de acariciar o rosto dela. — Eu também tenho. Medo de você ir embora de novo. Medo de acordar e descobrir que isso aqui foi um sonho idiota meu.
Ela inspirou fundo. Segurou meu rosto com as duas mãos.
— Não é um sonho. — sussurrou. — É mais real do que você poderia imaginar.
O ápice veio como um estouro entre nós. Não teve grito, teve beijo. Teve respiração pesada, corpo colado, unhas enterradas nos meus ombros, o nome dela na minha boca e o meu nome nos lábios dela, trêmulo, carregado de tudo que ainda não tinha nome.
Quando o silêncio finalmente se instalou, o quarto ficou qu