Alonzo
Tem dias que eu acho que consigo lidar com essa situação. Que consigo seguir o contrato, manter distância e respeitar os limites impostos por ela. Tem outros dias, como hoje, que tudo nela grita por mim, até quando ela está em silêncio, até quando passa na minha frente com aquele moletom simples e o cabelo preso de qualquer jeito. Até assim ela me desmonta.
Eu quero Antonella. Não só como mãe dos meus filhos. Não só como mulher. Eu quero ela como amor, como vida, como porto seguro. Quero acordar e ver ela dormindo encostada no meu peito. Quero sentir o perfume dela nos travesseiros. Quero poder tocar sem medo de machucar. Quero ser diferente do homem que eu fui. E por querer tanto, eu estou entrando em crise.
Tento ser racional, mas a racionalidade desaparece quando ela está próxima. O contrato era pra nos manter seguros. Só que agora ele virou tortura. Ela dentro da mesma casa, andando pelos mesmos corredores, dormindo em quartos separados, e eu forçando minha mente a fingir q