Capítulo 55

Antonella

Eu nunca pensei que ver Alonzo com os nossos filhos me deixaria… dividida. Sempre achei que seria fácil manter a raiva, alimentar o desprezo que me protegeu por tanto tempo. Mas não é tão simples assim.

Na primeira vez em que vi Alonzo segurando Thomaz, senti o estômago virar. Não pela dor do passado, mas por causa de algo tão perigoso quanto. Um calor. Um reconhecimento. Uma memória antiga que o meu corpo insistia em acessar sem a minha permissão.

E eu me xinguei mentalmente por isso.

Era pra eu odiar aquele homem. Era pra eu querer distância. Mas quando ele sorriu para o nosso filho, um sorriso pequeno, cansado… algo em mim vacilou. Eu não admitiria em voz alta. Nem sob tortura.

Alguns dias depois, acordo no meio da madrugada com o choro de Edward. Coloco os pés no chão, ainda tonta de sono, e corro até o quarto dos trigêmeos. Quando abro a porta, encontro Alonzo parado ao lado do berço, com a mesma expressão de pânico que eu tinha quando eles eram recém-nascidos.

— O que
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