Javier
O silêncio do meu escritório era apenas aparente. A tensão no ar, quase palpável, parecia sussurrar segredos não ditos. Os papéis espalhados sobre a mesa, junto com os relatórios da segurança, não me davam respostas. Era como se todos os esforços para manter o controle tivessem desmoronado em questão de segundos.
Minha mãe estava desaparecida, sequestrada debaixo dos meus olhos. O sentimento de impotência era algo que eu não tolerava, ainda mais agora, quando minha família estava diretamente ameaçada.
Minhas mãos estavam cerradas em punhos sobre a mesa. Olhei para o telefone, esperando por qualquer notícia que pudesse me dar uma pista. A cada segundo que passava, o ódio fervilhava dentro de mim. Quem quer que tivesse cometido esse ato sabia exatamente o que estava fazendo.
Levaram minha mãe, a mulher que há anos estava presa no limbo entre a vida e a morte, com o único propósito de me atingir. E estavam conseguindo.
A porta do escritório se abriu com força, fazendo um estrondo