Camille
A tarde estava fria, o vento soprando levemente, fazendo as árvores dançarem de um lado para o outro.
Estava sentada à mesa de um café pequeno e aconchegante, em um canto isolado do salão, com Eleonora à minha frente. Ela estava calma, seus olhos penetrantes como sempre, mas havia algo no seu olhar que me fez sentir uma tensão indescritível no ar.
O silêncio entre nós era pesado, como se houvesse algo que eu não estivesse entendendo.
Eleonora sempre teve uma presença única, difícil de decifrar, e eu sabia que quando ela me procurava, era por um motivo. Ela não era alguém que fazia algo sem um plano por trás. Seus cabelos escuros estavam bem arrumados, e sua postura rígida, elegante. O café era uma tentativa de normalidade, mas eu sabia que, em breve, tudo mudaria.
Ela me olhou com um sorriso suave, que não alcançou seus olhos.
— Camille — começou ela, sua voz calma, mas firme. — Eu precisava conversar com você sobre algo importante. Você sabe o que está acontecendo com o Clube