Auriel
Encontro Alex sentado no sofá, o controle de videogame firme em suas mãos, os polegares movendo-se com uma precisão quase hipnótica enquanto ele mergulha em um jogo de tiro, os sons de explosões e disparos ecoando baixinho na sala de jogos, uma cacofonia que parece estranhamente distante do meu próprio turbilhão interno. Seus olhos estão fixos na tela, a luz piscante refletindo em suas íris esverdeadas, e sua concentração é tão intensa que sinto uma pontada de inveja por sua capacidade de se perder no momento, enquanto meu coração é uma tempestade de ansiedade, culpa e um desejo ardente de clareza.
Pigarreio a garganta, o som tímido quase engolido pelo barulho do jogo, apenas para marcar minha presença, e Alex se vira rapidamente, o rosto iluminado por um sorriso tímido que suaviza a tensão em meu peito, mesmo que por um instante, a gentileza dele como um raio de sol em meio à névoa de minhas emoções.
“Estou pronta,” digo, minha voz tremendo com uma timidez que não consigo esco