Elowen
“Você viu a Auriel hoje?” pergunto para Amara, a preocupação pulsando em meu peito como um tambor, uma inquietação que faz meu coração apertar.
Estamos na sala de feitiços, treinando nossos poderes como papai quer que a gente faça e sinto a energia mágica vibrando em minhas mãos, mas minha mente está longe, consumida pela incerteza sobre Auriel e o caos que envolve Thorne. Observo Amara, seus olhos alaranjados fixos em um grimório, os dedos dançando no ar, levitando uma caneca de cerâmica com uma precisão que contrasta com a distração em sua voz.
“Não. Estou procurando algum feitiço de aprisionamento de entidades, não tive tempo de ir vê-la,” ela comenta, sua voz distante, quase mecânica, enquanto vira uma página com cuidado, e sinto uma pontada de empatia por sua dedicação, misturada com a frustração de estarmos tão impotentes diante da entidade que possui meu irmão.
Me ajeito melhor em cima da mesa, cruzando as pernas, o tampo de madeira frio sob minhas coxas e sinto o peso d