Auriel
A tensão na sala de reunião é tão densa que sinto um arrepio na pele, como se o próprio ar estivesse carregado de eletricidade, um peso opressivo que faz meu coração acelerar e minha respiração ficar curta.
As televisões nas paredes, todas sintonizadas em canais de notícias, ecoam a mesma história: nosso sequestro, a decisão do rei Caelum de libertar mais de vinte rebeldes para salvar nossas vidas, e as acusações venenosas de que eu, uma simples enchatrix, enfeiticei o príncipe Thorne, sabotando a união de dois reinos.
Cada palavra dos repórteres é como uma agulha cravada em meu peito, a culpa e a vergonha me engolindo enquanto tento me encolher na cadeira, desejando me tornar invisível, minha cabeça baixa, os olhos fixos no chão de mármore polido, como se evitar contato visual pudesse me proteger das acusações. Sei que é impossível, mas a vontade de desaparecer é tão forte que sinto meus ombros encolherem, meu corpo tremendo com a mistura de medo, humilhação e impotência diante