Ponto de Vista de vista de Máximo Bianchi.
A música clássica preenchia o ambiente, misturando-se ao som dos passos elegantes, das conversas, dos brindes e das taças se chocando. As luzes douradas refletiam nos espelhos e nos cristais, tornando tudo ainda mais sofisticado.
Mas, mesmo com todo o luxo, nada ali brilhava mais do que ela.
Minha mamma.
Rafaella Ferraro Bianchi. Uma lenda viva.
Ela estava simplesmente deslumbrante. Vestido longo de seda preta, justo na medida, decote nas costas, bordado com fios de ouro que se entrelaçavam como galhos. Cabelos impecavelmente soltos, levemente ondulados, e aquele olhar que sempre carregou: altivo, poderoso, e, ao mesmo tempo, cheio de amor.
Suspirei e caminhei até ela com uma caixinha de veludo nas mãos.
— Feliz aniversário, mamma. — Entreguei a caixa.
Ela arqueou uma sobrancelha, curiosa, e abriu com calma. Seus olhos marejaram no mesmo instante em que viu a peça.
Era um colar de ouro branco, cravejado com diamantes discretos, elegante. No