Ponto de vista de Serena Bianchi.
O som da porta sendo fechada com força ecoou pelo quarto.
Eu estava deitada na cama, de costas, apertando aquele maldito ursinho de pelúcia contra o peito como se ele pudesse, de alguma forma, acalmar a bagunça dentro de mim.
Mas nada... absolutamente nada... estava conseguindo me trazer paz.
Nem o silêncio.
Nem o orgulho.
Nem as razões que, até minutos atrás, eu repetia como mantra pra não ceder.
Então eu ouvi.
Ouvi a voz dele.
— “Você acha que vai fugir de mim, baby? Que vai me provocar desse jeito e me ignorar? Acha que isso vai funcionar, é?” — sua voz rouca, cheia de desejo, atravessou a porta como se ela não existisse.
Meu corpo inteiro se enrijeceu. Senti uma corrente elétrica percorrer minha espinha, acendendo cada célula, cada terminação nervosa.
Fechei os olhos, apertando mais o ursinho, mordendo o lábio inferior. Minha respiração ficou presa, o peito subia e descia descompassado.
Então veio a próxima frase, me acertando como um