cap.17
Cap. 17

Lúcios congelou por um momento, a tensão evidente em seu maxilar trincado.

— O que... você está fazendo? — perguntou entre dentes, tentando manter o controle.

Ângela virou o rosto por sobre o ombro, os olhos grandes e úmidos de inocência.

— Só quero que seque meu cabelo... está frio... — disse se encolhendo.

Ele lançou um olhar aflito à empregada, como se implorasse por alguma interferência, mas a mulher abaixou a cabeça e fez uma breve reverência.

— Perdão, senhor... mas Valerius foi claro. Disse que ninguém deveria interferir entre vocês dois, que ela é sua responsabilidade.

— Quem é que paga o seu salário mesmo?! — ele resmungou, irritado, mas a mulher já saía apressada, batendo a porta atrás de si antes que ele pudesse protestar mais.

Lúcios levou as mãos às têmporas, massageando-as com força, os dedos rígidos de frustração e tensão.

A mulher sentada sobre ele, nua sob a toalha, agindo como se fosse a coisa mais natural do mundo, era uma bomba prestes a explodir em seus ner
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