Cap. 16
Cap. 16
Ângela caminhou descalça até o guarda-roupa, os passos leves como os de alguém que ainda se acostuma com o próprio corpo. Abriu a porta do armário devagar, os olhos atentos buscando qualquer coisa familiar. Quando se deparou com o espaço completamente vazio, virou-se para Lúcios com surpresa inocente estampada no rosto.
— Ué... — murmurou — Esse... é mesmo o meu quarto? Mas se somos casados não estaríamos no mesmo?
Lúcios arregalou os olhos, surpreso pela pergunta. Endureceu o maxilar e desviou o olhar por um instante.
— Sim, claro. É o seu quarto. — respondeu com rapidez, mas sua voz não teve firmeza. — por enquanto, já que você... bom... você sofreu esse atentado e está sem memória... você precisa de espaço, seria desconfortável dormir do meu lado.
Ângela inclinou a cabeça levemente para o lado, como uma criança tentando entender algo que não fazia sentido.
— Então por que não tem roupas minhas aqui?
A pergunta caiu como uma faca entre eles. Lúcios engoliu em seco, tenso, os