Cap. 10
— Senhor...? — o assistente se alarmou, tentando ajudá-lo enquanto ele continuava a tossir.
Lúcios puxou um lenço de linho do bolso interno do paletó. Tossiu mais uma vez — vermelho manchando o branco —, e parecia ainda pior.
— Deveríamos ir ao hospital — disse o assistente, preocupado.
— Não. — Lúcios fechou o lenço com calma e o guardou. — É algo que tem se repetido. Não é novidade. Ainda não é o momento, se todas as vezes eles não sabem o que eu tenho.
O assistente hesitou, mas assentiu.
— Você não bebeu o café nem nada que ela te deu, certo? — o assistente perguntou, alarmado.
— Claro que não, mesmo que eu saiba que não tem a ver com isso. Afinal, já faz um ano que saí daquela mansão e, ainda assim, continuo piorando.
— Ainda assim... eu sugiro que vá ao médico. Pode ser que as pesquisas deles já tenham conseguido desenvolver algo que possa te ajudar.
— Vamos direto para casa. Alguém está me esperando.
A tensão voltou a se acomodar no carro, mas, desta vez, os pensamentos