Cap. 57
Cap. 57
Valerius, quando voltou à sala, pegou o celular que Angela havia trazido — o mesmo que pertencia à assassina que tentara matar Lúcios. Sua curiosidade mordia mais do que qualquer insônia.
Foi ali, no histórico de mensagens, que ele leu o nome de Lívia estampado entre ameaças secas.
“Quando terminar com o Lúcios, mate Valerius também. Ele sabe demais.”
Valerius apertou os dedos em torno do aparelho; o ranger dos nós dos dedos ecoou na madeira da mesa.
Uma gargalhada seca escapou de seus lábios. Aquela menina... aquela garotinha teimosa... havia salvo Lúcios — e a ele também — porque era claro que Lívia tinha contratado alguém profissional para fazer o trabalho e acabou sendo morta por Angela facilmente. Isso fazia com que ele se perguntasse quem era Angela de verdade.
Sem hesitar, pegou seu próprio telefone e ligou para o número que aparecia logo abaixo. O telefone chamou, e chamou, até que a voz entediada de Lívia atendeu do outro lado, o som abafado de taças tilintando ao fun