Cap.151
Durante uma semana inteira, Arthur rastreou endereços, fez ligações, contatou colegas em diversos países, mas não havia sinal do cirurgião. O tempo passava, e cada minuto era um risco para Ângela e os bebês.
Enquanto isso, Ângela estava sozinha em seu quarto do hospital. A madrugada já a alcançara, mas o sono parecia ter se tornado seu inimigo.
A gestação avançada, o corpo mais fraco a cada dia... ela passava longas horas revisando papéis e estudos do projeto, tentando distrair a mente da angústia de saber que estava cada vez mais perto de dizer adeus.
O silêncio do hospital era quebrado apenas pelo som ocasional das máquinas. Ela suspirou, encostada na cadeira de rodas, os olhos pesados.
O celular vibrava sobre a mesa de cabeceira. Tremendo, ela pegou o aparelho. A tela mostrava mensagens recentes, todas de Rafael.
“Não desisti de me vingar…”
“Você não vai escapar de mim…”
O coração dela disparou. As mãos começaram a tremer, e um frio subiu pela espinha. Já fazia dias que rec