Cap.147
Lúcios caminhava de um lado a outro em silêncio, as mãos dentro dos bolsos, a expressão fechada. Sabia que não podia se deixar ver, mas o coração gritava desesperado.
Arthur entrou na sala silenciosa.
Assim que o viu, ele avançou alguns passos.
— Por que está mentindo para ela, Arthur? — a voz dele saiu rouca, quase um rugido abafado. — Por que está dizendo que as crianças estão bem?
Arthur fechou a porta atrás de si e soltou um suspiro lento.
— Eu sabia que você ia perceber… por isso queria que fosse ver com os próprios olhos — murmurou, tentando manter o tom calmo.
— Perceber? — Lúcios riu amargo, os olhos faiscando. — Vocês são loucos! Ângela não tem condições de gerar três ao mesmo tempo. Eles terão dificuldade em desenvolver alguns órgãos essenciais, já estão com problemas... Céus... Ela mal respira sem esforço e vocês escondem isso dela?
Arthur o encarou firme, mas sem perder a serenidade.
— Se Ângela souber, não terá forças para continuar. Ela desmoronaria antes mesmo d