Cap. 145
Cap. 145
Arthur suspirou fundo, o olhar baixo, e confirmou:
— É verdade. O prédio do hospital foi leiloado. Temos quatro meses para desocupar.
Um burburinho de desespero tomou conta do grupo.
— Mas como?! — outro médico protestou. — O hospital é referência, temos pacientes em estado delicado, não podemos simplesmente sair! Você sabe, Arthur… céus… a maioria dos hospitais não tem a mínima capacidade de manter nossos pacientes. E sua filha… se ela for tratada em outro lugar, vai acabar...
Arthur fechou os olhos por um instante antes de falar, pesado de frustração:
— O hospital acumulou dívidas bilionárias nos últimos anos. Não havia mais verba, nem investimentos. O banco reivindicou o imóvel… e alguém o arrematou em leilão.
— Quem comprou? — perguntaram todos, quase em coro.
Arthur ergueu os olhos cansados para os colegas e balançou a cabeça.
— Não sei. Estou tentando marcar uma reunião com o novo proprietário. Até lá… não podemos fazer nada.
O silêncio tomou o corredor. Os médicos se e