69. PROMESSAS DE AMOR
Enquanto o detetive Marcelo seguia seus passos em busca de um passado adormecido, Isabela vivia um dos períodos mais serenos de sua vida.
Os dias pareciam mais leves, o riso das crianças soava como música e o coração dela, pela primeira vez em anos, batia sem medo.
Henrique havia pedido sua mão novamente — dessa vez, em meio a uma conversa tranquila, com palavras simples, mas cheias de verdade.
E, vencida pela ternura que ele transmitia, Isabela dissera “sim”.
Dona Lena, ao saber da notícia, quase chorou de alegria.
— Eu sabia, minha filha! — exclamou, abraçando Isabela com emoção. — Esse homem foi um presente de Deus pra vocês. E você merece ser feliz.
A partir daquele dia, a casa da velha senhora se encheu de movimento. As crianças corriam pelos corredores, ajudando a arrumar flores, dobrar guardanapos e escolher as cores das fitas.
Nada de luxo, nada de ostentação — o casamento seria íntimo, caseiro e cheio de significado.
No quintal, o cheiro de bolo recém-assado se misturava ao p