66. A FELICIDADE A BEIRA DA TEMPESTADE
O fim da tarde caía suave sobre a varanda do pequeno apartamento de Caroline, banhado por uma luz dourada que tingia o céu de tons alaranjados. O vento trazia o perfume das flores da sacada, misturado ao aroma do café recém-passado.
Caroline ajeitou as xícaras sobre a mesa de centro e sorriu, animada. Fazia tempo que não via Caio tão leve, tão disposto a conversar sem o peso constante das preocupações familiares.
— Eu ainda não acredito, Caio. — disse ela, sentando-se e servindo o café. — A Isabela... vai se casar.
Caio ergueu os olhos, surpreso e ao mesmo tempo emocionado. — Quando você me contou, eu achei que fosse brincadeira. — Ele riu, balançando a cabeça. — Depois de tudo o que ela passou... achei que ela nunca mais fosse deixar ninguém se aproximar.
Caroline apoiou o queixo nas mãos, suspirando com ternura. — Pois é. Mas parece que o Henrique conseguiu tocar o coração dela de um jeito diferente. Ele não tem pressa, não a força, apenas... está ali, do lado, oferecendo carinho.
Ca