53. UM ANO DEPOIS
Criar quatro bebês sozinha não era nada fácil. Às vezes, Isabela sentia como se não tivesse forças. Havia noites em que mal dormia duas horas seguidas. A casa, por mais que se esforçasse, estava sempre em desordem: brinquedos espalhados, roupas acumuladas para lavar, mamadeiras esperando no balcão.
— Eu não vou dar conta... — sussurrava para si mesma em alguns dias mais difíceis, sentando-se no chão com os olhos marejados.
Mas então vinha um sorriso, um balbucio, um abraço inesperado, e ela se lembrava: estava lutando não por ela, mas por eles.
Caroline continuava presente, sempre que podia aparecia para ajudar. Caio ajudava de longe mandando dinheiro para manter Isabela e os bebês bem.
Certo dia, Caroline chegou e encontrou Isabela tentando cozinhar enquanto segurava Sofia no colo e afastava Lucas do fogão.
— Meu Deus, Isa! Você precisa de três pares de braços! — exclamou, rindo, enquanto pegava Sofia no colo para aliviar a amiga.
Isabela riu também, apesar do cansaço estampado no r