34. PENSANDO EM UM PLANO DE FUGA
A noite já havia avançado quando os carros retornaram para a mansão Villar depois do evento beneficente. As luzes externas iluminavam o jardim com uma imponência quase teatral. Helena ainda se demorava em compromissos sociais, e Leonardo não havia voltado do clube exclusivo onde costumava encerrar noites como aquela. O silêncio da casa era quase estranho, apenas quebrado pelos passos de empregados recolhendo bandejas e taças.
Isabela percebeu que aquele era o momento perfeito. O coração batia acelerado, o corpo ainda fragilizado pelos últimos dias, mas a mente estava firme em um único objetivo: precisava estabelecer um contato fora daqueles muros. Procurou Caio com os olhos no hall principal, e o encontrou perto da escada, conversando discretamente com um dos seguranças. Reuniu toda sua coragem e, mantendo a voz baixa, aproximou-se dele.
— Eu preciso fazer uma ligação... — sua voz era quase um sussurro, tão baixa que poderia se perder no ar. — Você pode me emprestar o seu telefone?
Ca