25. GRAVIDEZ INDESEJADA
Dias depois, a mansão estava mergulhada em penumbra quando Isabela retornou do hospital. Os corredores, com seus tapetes pesados e móveis antigos, pareciam mais sufocantes do que nunca. Cada passo ecoava como se fosse um julgamento. Os empregados evitavam encará-la, desviavam os olhos, como se já soubessem do que se falava em sussurros pelos cantos.
Isabela mantinha os braços cruzados sobre o corpo, como se pudesse proteger a si mesma e ao segredo que agora carregava. O coração batia em disparada, sabendo que cedo ou tarde teria que enfrentar o olhar de Leonardo.
E ele não demorou.
Assim que entrou em seu quarto, encontrou-o à espera, parado junto à janela. O corpo dele era uma estátua, rígido, as mãos nos bolsos, mas o olhar — o olhar estava incandescente, frio, cruel.
— Então... — começou ele, a voz baixa, arrastada, mas carregada de fúria contida. — Parabéns, Isabela. Já conseguiu espalhar a novidade?
Isabela parou, engoliu em seco.
— Eu... eu não... — tentou explicar, mas as palav