21. A GUERRA ENTRE ELA E LEONARDO
Leonardo a olhou fixamente, como se tentasse decifrar cada traço de sua expressão. O sorriso no canto dos lábios não era apenas de malícia, mas de surpresa genuína. A expressão no rosto de Isabela parecia ter mudado algo no ar — como se de repente ele estivesse diante de um tesouro intocado, raro demais para ser tratado com pressa.
Com delicadeza, ele a deitou completamente sobre a cama. Seu corpo curvou-se sobre o dela, mas sem oprimi-la, mantendo uma distância mínima que aumentava ainda mais a tensão. Os olhos dele não eram mais duros, carregavam uma suavidade calculada, que fazia Isabela duvidar da própria percepção sobre ele.
A ponta de seu dedo indicador percorreu lentamente os lábios dela, como se quisesse memorizar a maciez, provocando-a sem tocar de fato. Sua outra mão, ousada, subia em movimentos lentos por sua coxa, roçando de leve, até que parou perigosamente próxima de um ponto que a fez perder o ar. O corpo de Isabela enrijeceu, e um suspiro escapou antes mesmo que ela pud