20. O TOQUE DO PRAZER
No final do dia, mãe e filho regressaram à mansão. O carro avançava pela estrada ladeada de árvores, o silêncio entre os dois sendo quebrado apenas pelo som suave do motor.
Helena, com um sorriso discreto, comentou:
— Seu pai estaria orgulhoso de você. A forma como os dominou... foi exatamente como ele faria.
Leonardo não respondeu de imediato. Manteve os olhos fixos na estrada à frente, a mandíbula tensa, como se os pensamentos pesassem mais que a própria realidade.
Finalmente, murmurou:
— Com eles é fácil, mãe. Homens que respiram medo obedecem sem questionar.
Helena inclinou a cabeça, observando o filho com atenção.
— E com Isabela? — perguntou, com um tom carregado de malícia.
O silêncio tomou conta do carro. Leonardo não desviou o olhar do horizonte. Seus lábios se curvaram num sorriso enigmático, sombrio, que fez a própria Helena estremecer.
— Isabela… — murmurou, quase como se saboreasse o nome. — Ela é diferente. É um enigma. Mas eu gosto de enigmas.
— Enigmas podem ser perigo